Preservativos distribuídos nas escolas?

O Ministério da Saúde quer retomar uma proposta que já provocou muita discussão: distribuir camisinhas de graça nas escolas públicas de Ensino Médio. A proposta do Governo Federal foi tão criticada que os Ministérios da Saúde e da Educação quase desistiram. Agora, decidiram insistir, mas para evitar um novo desgaste, o projeto vai começar apenas em duas escolas: uma em Brasília e outra em Florianópolis. 
Em Santa Catarina, a máquina de camisinhas já está pronta. Ela foi criada há três anos para que os adolescentes tenham acesso mais fácil aos preservativos no local onde passam boa parte do dia: a escola.
Professores, alunos, pais e direção vão decidir, por exemplo, se a entrega das camisinhas vai ser de graça e se haverá uma quantidade limite por aluno. É certo que vai ter polêmica de novo. “Há muita reação, principalmente das igrejas, que acham que sexo é somente sexo reprodutivo, depois de casado, o que também não é realidade. Essas pessoas estão correndo risco. O HIV não acabou. Nós temos infecção, ela está presente, nós temos que cuidar dela”, defende Dirceu Greco, diretor do departamento Dstaids do Ministério da Saúde. 
Uma pesquisa internacional sobre o comportamento dos adolescentes destacou o Brasil como um dos países em que a escola contribui pouco para a educação sexual. A maior parceira dos jovens acaba sendo a internet. Segundo a pesquisa, 36% dos jovens entre 15 e 19 anos estão fazendo sexo sem proteção. 
A estudante Andressa de Freitas engravidou aos quinze anos e passou momentos muito difíceis. “Sempre usem camisinha, não deixem nunca, porque foi só uma vez e eu ganhei ele. Assim, filho é bom, mas no momento a gente tem que se focar bastante no estudo. Porque sem ele já é difícil, com ele dificulta mais ainda”, aconselha.

(G1 - Jornal Hoje)


[HR] Será que o fácil acesso a preservativos não será um incentivo a mais para a prática do sexo precoce, além dos filmes, novelas, revistas e propagandas existentes, tão acessíveis às crianças? Essa será a melhor forma de resolver um problema que se alastra cada vez mais, proporcionalmente à abertura das práticas de incentivo citadas anteriormente? Não basta pensar muito para chegar a essa conclusão. Mas como as anteriores dão muito dinheiro, parecem ser mais difícil pensar assim.
Uma coisa é certa e incontestável: se a prática do relacionamento sexual seguisse conforme o conselho bíblico, ninguém teria que se preocupar com doenças sexualmente transmissíveis, nem coisa parecida. Não é à toa que Deus aconselha para resguardar-se até o momento certo, no casamento. Se a humanidade seguisse esses conselhos, não teria hoje que se preocupar em "prevenções" como esta. Sem falar que para isso os cofres públicos não precisariam gastar um centavo sequer. Até onde vamos chegar?