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Será que os vivos devem buscar a orientação de mortos?


“Será que os vivos devem buscar a orientação de mortos?” (Isaías 8:19, u.p, NVT)


A retórica no final do verso é a introdução para um assunto delicado, muito importante, e que precisa ser estudado com atenção, refletido e analisado. Convido você a fazer isso agora mesmo. 

Vejamos o verso inteiro:

“Talvez alguém lhes diga: ‘Vamos perguntar aos médiuns e aos que consultam os espíritos dos mortos. Com sussurros e murmúrios eles nos dirão o que fazer’. Mas será que o povo não deve pedir orientação a Deus? Será que os vivos devem buscar a orientação de mortos?” (Isaías 8:19, NVT)

Vejamos o mesmo verso em outra versão da Bíblia, para ficar mais claro:

“Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8:19)

O Contexto


Os filhos de Israel haviam se separado de Deus, assim como tinha feito o rei Saul, até que o Senhor já não os respondia mais. E, como Saul, o povo procurou fontes obscuras comuns naqueles dias (e em nossos dias também), em que o espiritualismo prevalecia, a fim de obter direção e ajuda. 

O povo procurava a direção de espíritos desconhecidos e escusos. Desconhecidos porque a Bíblia afirma que certamente não são espíritos de mortos a quem os necromantes (ou como traduzido atualmente, médiuns) consultam. Para entender a visão bíblica sobre esse assunto, é importante observar o que a Bíblia afirma sobre a vida e sobre a morte.

A equação da vida


“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.” (Gênesis 2:7, ACF)

“Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra. Soprou o fôlego da vida em suas narinas, e o homem se tornou ser vivo.” (Gênesis 2:7, NVT)

Observando também essas duas versões da Bíblia, só pela tradução já é possível observar que o que é chamado de “alma” em uma versão é chamado de “ser” em outra versão. E essa informação é fundamental para entender o surgimento da vida, a composição do ser humano. Segundo as Escrituras Sagradas, uma alma é um ser vivo, o resultado de um corpo criado por Deus a partir do pó da terra e o fôlego da vida dado por Deus. Ou seja, um ser vivo não possui uma alma, ele é uma alma. 

Para tornar mais claro ainda, conforme este verso, o ser vivo (ou alma) é o resultado da equação:

CORPO (pó da terra/cinzas) + VIDA (fôlego da vida/dom da vida) = ALMA (ser vivente)

Desse modo, podemos entender melhor que, na ausência de um dos elementos da equação, não há como resultar em alma vivente. Ou seja, sem o fôlego da vida proveniente de Deus não existe vida e nem alma, resta apenas o pó da terra, as cinzas. Sem o pó da terra (corpo), não existe ser humano ou alma. Ora, se quando alguém morre, não existe alma, como então pode alguém consultar um morto, se ele nem existe mais? Essa pergunta precisará ser repetida, para maior reflexão.

Espírito


É importante ressaltar que, no Antigo Testamento, a palavra hebraica usada para o fôlego de vida da equação anterior é por vezes traduzida como espírito. No Novo Testamento, a palavra equivalente em grego é pneuma, que significa sopro. O fôlego ou sopro da vida é dado por Deus para que o ser humano exista, ou seja, torne-se alma vivente. Assim, espírito, na Bíblia é o fôlego da vida, o dom da vida dado por Deus. Espírito não é um ser, ou entidade, que fica dentro do corpo. É a vida, proveniente de Deus. Dessa forma, quando alguém morre, já não mais existe o fôlego (pneuma) da vida, ou espírito. Se o espírito não é uma entidade fora do corpo, e deixa de existir na morte, como alguém poderia consultar um espírito? E, sabendo que o espírito é o fôlego de vida, como alguém poderia consultar um espírito de um morto, se nem fôlego existe mais? Sigamos.

A Morte


É válido revisar que, na morte, não existe ser humano, nem alma, e muito menos espírito, que é o fôlego da vida, visto que a vida volta para o Criador, o Autor da Vida, conforme pode ser confirmado em Eclesiastes 12:7: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”

Para não restar nenhuma dúvida, sobre a possibilidade de consulta aos mortos, a Bíblia deixa mais claro ainda ao mencionar o que ocorre no estado dos mortos:

“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles. Para eles o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram; nunca mais terão parte em nada do que acontece debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:5,6, NVI)

Já vimos que, na morte, o ser que vivia não existe mais: o corpo vira cinzas da terra, o espírito (fôlego de vida) deixa de existir, ou seja, a alma vivente não existe mais. Da mesma forma, ocorre com o seu conhecimento. Tudo foi para o esquecimento. O que havia em sua mente, já não existe mais. Não há sabedoria entre os mortos. Não há lembrança alguma, até porque, como foi visto na Bíblia, o ser deixa de existir. Também não há sentimento algum, e nunca mais eles terão relação alguma com as coisas que acontecem neste planeta, e nem em nenhum outro. Até porque, como vimos, o ser (corpo e fôlego de vida/espírito) deixa de existir. Como então seria possível consultar um ser morto, se nem ele existe mais, nem o conhecimento, sabedoria ou as emoções que ele tinha? Segundo a Bíblia, isso não é possível.

Como então tem gente que fala com pessoas que já morreram?


Se já vimos que, segundo a Bíblia, pessoas que já morreram não existem mais, e por isso não têm conhecimento, emoção, sabedoria, nem espírito, nem alma, nem nada, essa pergunta precisa ser reformulada para: Com quem falam as pessoas que dizem se consultar com os mortos? 

E a resposta, a Bíblia também apresenta:

“Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz.” (2 Coríntios 11:14)

“São espíritos de demônios que realizam sinais miraculosos” (Apocalipse 16:14)

Elas não falam com com os mortos. Elas falam com seres vivos, e esses, não são seus entes queridos, a quem elas desejam consultar. Satanás e os anjos caídos (demônios) têm a terrível capacidade de enganar pessoas de todas as formas. E tem utilizado até religiões, pessoas sinceras e boas intenções para isso. Sendo um anjo das trevas, ele pode até disfarçar-se de anjo de luz, quanto mais enganar as pessoas fingindo ser entes queridos que já morreram! E é isso que ele faz. Engana. Disfarça-se de pessoas que morreram, apresentando falas, informações, entre outras coisas, coletadas pelos anjos do mal, das pessoas que morreram, para iludir e enganar as pessoas sinceras que as procuram. 

Ele “é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44), e foi ele quem criou a crença de que a alma é imortal (ver Gênesis 3:3) e a mentira de que, por isso, os mortos podem ser consultados, sendo que, conforme pudemos observar neste pequeno estudo, isso não é verdade, além do que, a Bíblia declara explicitamente: “a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:4,20)

É válido mencionar que há também diversos casos em que essa consulta a mortos não passa de charlatanismo de alguns, para manipular, explorar, usar e lucrar pessoas sinceras em busca de conforto. A mídia vez ou outra revela casos assim em nossos dias. Mas não é desses casos que estamos falando.

Alerta para os sinceros enganados


Certamente, há muita gente boa e sincera que tem sido enganada com a crença da imortalidade da alma e suas variações, como a crença espiritualista de consultar a mortos, aos entes queridos que já não vivem mais. A dor, a tristeza e a saudade, além de outros fatores como a decepção ocasionada pelas diversas denominações religiosas existentes e seus religiosos, ou até o ensino sincero de pessoas queridas que tinham a melhor das intenções, mas que também caíram nesse engano, acabam se tornando elementos impulsionantes para que, cada vez mais pessoas, caiam no engano de procurar consultar os mortos.

Por isso, a Bíblia nos apresenta informações ricas como as que mencionei anteriormente, para que não caiamos no engano ou não continuemos sendo enganados, tendo em vista que o originador dessas crenças e feitos é aquele que deseja levar o ser humano à destruição e morte eterna. E para os que deliberadamente resolvem, mesmo tendo o conhecimento apresentado na Palavra de Deus, praticar tais enganos originários de satanás, resta a advertência: “Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele” (Levíticos 20:6).

Percebe? Por mais que haja sinceridade, bondade e boas intenções, a prática associada à consulta aos mortos é condenada por Deus pois tem origem obscura (mas clara na Bíblia) no enganador.

E para onde vão as pessoas que morreram?


A Bíblia diz que não vão para lugar algum. Eles deixam de existir, desse modo, como estariam em algum lugar? O corpo transforma-se em elementos da terra. E a vida, deixa de existir. Nem Céu, nem inferno, e muito menos purgatório (uma invenção humana não existente na Bíblia).

Até as pessoas relatadas na Bíblia que foram para o Céu não estavam mortas. Enoque, por exemplo, foi para o Céu vivo (ver Gênesis 5:24, Hebreus 11:5). Elias foi para o céu vivo (2 Reis 2:9-14). Moisés, morreu, foi ressuscitado (ver Judas 1:9) e foi para o Céu vivo (ver Mateus 17:1-8 e Lucas 9:29-36). Conforme visto em Eclesiastes 9:5, não há recompensa para os mortos. Só há recompensa para os vivos.

E esta recompensa, conforme a Bíblia, será vida eterna ou morte eterna (Daniel 12:2, João 5:29). E isso se dará a partir da volta de Jesus (1 Tessalonicenses 4:13-18). Mas esse é outro assunto bíblico que merece ser estudado em outra oportunidade. O que precisamos para responder à pergunta anterior é da informação de que, apesar da tristeza ocasionada pelo falecimento de alguém, ainda há esperança, ainda não é o fim.

Isso porque quando Jesus voltar, ele irá ressuscitar os nossos entes e amigos queridos e eles terão uma das duas recompensas baseadas basicamente na aceitação deles ou não da salvação oferecida por Cristo, enquanto vivos.

E quanto às pessoas que consultam os mortos?


Deus as ama, e os seguidores de Seus ensinos também. Todos os seres humanos são filhos queridos de Deus, portanto, somos irmãos, e devemos respeitá-los como tais e, inclusive, ao direito que eles têm de ter crenças diferentes da Bíblia.

A Palavra de Deus desaconselha fortemente e condena a prática de consultar aos mortos, tendo em vista que não são às pessoas que morreram que se consulta, mas a espíritos maus, demônios, anjos caídos. Mas a mesma Palavra de Deus nos aconselha a amar aos nossos semelhantes. Dessa forma, pessoas que estão envolvidas com essa prática não devem ser julgadas e muito menos condenadas por nós, ou incorreríamos no mesmo erro, de não praticar as recomendações bíblicas.

Sabendo que há muitas pessoas sinceras que aprenderam em toda sua vida que essa era uma boa prática e até proveniente de Deus, sem dúvida, em algum momento, elas serão conduzidas por Deus aos Seus ensinos, pois Deus incansavelmente faz isso em favor do ser humano que o busca em sinceridade. Nosso papel nunca foi de julgar, condenar, desrespeitar ou até discriminar pessoas que creem diferente de nós ou da Bíblia, e sim, ser um instrumento do amor de Deus para a vida das pessoas.


Conclusão


Por fim, tendo desmistificado um assunto tão importante por meio das Escrituras Sagradas, resta-nos o conselho bíblico, continuação do verso inicial:

“Consultem a lei e os ensinamentos de Deus! Aqueles que contradizem sua palavra jamais verão a luz.” (Isaías 8:20, NVT)

Primeiro: Que a Lei de Deus e Seus ensinos sejam constantemente a fonte de nossas consultas para as inquietações da vida e de nossas decisões.

Segundo: Aqueles que creem e ensinam uma palavra ou vírgula que contrariem a Lei de Deus e Seus ensinos, jamais verão a luz.

Que decidamos estar inseridos no grupo deste primeiro conselho, e assim, que nossos corações estejam cheios de Esperança, alicerçados na Palavra de Deus! 🙂


(Henderson Rogers)

"Alma" na Bíblia


A palavra Alma, do hebraico nefesh, ocorre 755 vezes no Antigo Testamento, 144 vezes no livro dos Salmos, e, apesar de ser traduzida com frequência como “alma”, esta tradução não é adequada, pois “alma” transmite a muitos leitores do português, ideias que não pertencem de forma apropriada a nefesh. Uma breve análise da palavra hebraica ajuda a esclarecer o que os escritores da Bíblia queriam dizer quando usaram esta palavra.

Nefesh vem da raiz nafash, um verbo que ocorre apenas três vezes no Antigo Testamento (Êxodo 23:12; 31:17; 2 Samuel 16:14), com significado de “reviver” ou “renovar-se”. O verbo parece voltar ao significado básico de respiração.

É possível chegar a uma definição de nefesh partindo do relato bíblico da criação do homem (Gênesis 2:7). O texto declara que, quando Deus deu vida ao corpo que havia formado, o homem literalmente “passou a ser alma vivente”. A “alma” não existia previamente, mas veio a existir na criação de Adão. Uma nova alma vem à existência toda vez que uma criança nasce. Cada nascimento representa uma nova unidade de vida, única e diferente, separada de outras unidades similares. A nova unidade jamais se funde em/com outra. Sempre será a mesma. Pode haver incontáveis indivíduos parecidos, mas nenhum que seja essa unidade. Essa individualidade parece ser a ideia enfatizada no hebraico nefesh.

Nefesh é empregada não só para o ser humano, mas também para animais. A frase: “Povoem-se as águas de enxames de seres viventes” (Gênesis 1:20) é literalmente: “povoem-se as águas de enxames de almas de vida [indivíduos de vida]”. Os animais e as aves são chamados de “criaturas viventes”, literalmente, “almas viventes”, ou melhor, “seres viventes” (Gênesis 1:29). Portanto, animais e seres humanos são “almas”.

A ideia básica de alma como indivíduo em vez de uma parte que o constitui parece fundamentar as várias ocorrências de nefesh. Portanto, é adequado dizer que certa pessoa ou certo animal é uma alma em vez de dizer que ele ou ela tem uma alma.

Da ideia básica de que nefesh representa um indivíduo, ou uma pessoa, provém o uso idiomático de nefesh como pronome pessoal. A expressão “minha alma” significa “eu”, “mim”; “tua alma”, “você”; e “alma deles”, “eles”, “os”.

Visto que cada nefesh representa uma nova unidade de vida, o termo é usado com frequência como sinônimo de “vida”. Em 176 casos a Bíblia na versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) traduz nefesh por “vida”, e há diversos casos em que “vida” teria sido uma tradução mais adequada.

A maioria das ocorrências de nefesh pode ser traduzida de forma adequada como “pessoas”, “indivíduo”, “vida” ou pelo pronome pessoal apropriado. “As almas que lhe acresceram em Harã” (Gênesis 12:5, ARC) é simplesmente “as pessoas que lhes acresceram em Harã”. “Que viva a minha alma por amor de ti” (Gênesis 12:13, ARC) é simplesmente “que me poupem a vida por amor e ti”. “Por isso tal alma será extirpada do seu povo” (Levíticos 19:8, ARC) é simplesmente “ele será eliminado”. [Entre outras situações]

(Comentário Bíblico Adventista, Vol. 3, p. 749, 750; CPB)

Do pó à vida


Em parte alguma nas Sagradas Escrituras se encontra a declaração de que é por ocasião da morte que os justos vão para a sua recompensa e os ímpios para o seu castigo. Os patriarcas e profetas não fizeram esta afirmação. Cristo e os Seus apóstolos não fizeram nenhuma sugestão a esse respeito. A Bíblia ensina claramente que os mortos não vão imediatamente para o Céu. Eles são representados como estando a dormir até à ressurreição (I Tessalonicenses 4:14; Job 14:10-12). No mesmo dia em que se quebra a cadeia de prata, e se despedaça o copo de ouro (Eclesiastes 12:6), perecem os pensamentos dos homens. Os que descem à sepultura estão em silêncio. Não sabem mais nada do que se faz debaixo do Sol (Eclesiastes 9:6). Bendito descanso para o justo cansado! Quer seja longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento. Dormem, e são despertados pela trombeta de Deus para uma imortalidade gloriosa. “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis. … Quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória” (I Coríntios 15:52-54, ARA). Ao serem chamados do seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde tinham parado. A última sensação foi a agonia da morte, o último pensamento, que estavam a cair sob o poder da sepultura. Ao se levantarem do túmulo, o seu primeiro alegre pensamento será expresso na triunfante aclamação: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (I Coríntios 15:55, ARA).

(Ellen G. White, O Grande Conflito)

O segredo da morte



Um colega certa vez me questionou a respeito da morte, e uma vez que expus, de uma maneira rápida, por causa do local onde estávamos, ele percebeu que o conhecimento que ele havia adquirido na igreja que ele frequenta, eram bem diferentes das informações que passei para ele. O pior é que as informações que passei eram todas baseadas na Bíblia! Isso mostra quantas igrejas existem que não ensinam o que a Bíblia ensina. Eis aí uma grande razão que existe para tanto preconceito com relação aos cristãos em geral. Enfim, segue abaixo uma explicação um pouco mais detalhada, de qual é o segredo da morte, conforme a Bíblia.

Existem muitas teorias que tentam explicar o que acontece quando uma pessoa morre. Umas totalmente enganosas, outras que misturam a verdade com um pouco de mentira (aliás, meia verdade não passa de uma mentira completa!), enfim, criadas ou por pessoas que leram a Bíblia de forma superficial, ou por líderes religiosos, que procuravam arrebanhar mais discípulos, tornando assim a doutrina criada por eles bem conveniente para um viver mais ou menos tranquilo, e criadas para arrebanhar muitos outros que temem passar a vida sofrendo eternamente em um lago de fogo (o tão conhecido inferno). Mas qual será a verdade? Para onde iremos quando morrermos? Para o céu ou para o inferno? Ou será que nada acontecerá? Existe vida após a morte? Estas e outras perguntas podem muito bem respondidas se nos dedicarmos inteiramente a conhecer a Bíblia, que é a Palavra de Deus, dada por Ele para todos os seres humanos compreenderem-no.
Primeiro, não conseguiremos entender o que acontece no fim da vida, se não entendermos o que aconteceu no início dela. Então vamos lá...

Preste bem atenção no processo de formação e criação do ser humano. Em Genesis 2:7 (NVI) está relatado: “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida e o homem se tornou um ser vivente”.
Sabendo que a Bíblia quando foi escrita não foi escrita em português, mas sim em hebraico, grego e aramaico e só então traduzida para o que temos em mãos, vale mencionar que o termo “fôlego de vida” vem do original hebraico “nepesh”, que no grego é “pneuma” e significa “sopro” ou “respiração”. Estas palavras também são muitas vezes traduzidas como “espírito” no restante da Bíblia. Perceba que nenhuma dessas palavras se refere a um ser independente, algo fora do corpo, ou que tem vida em si mesmo, como muitas vezes é ensinado por aí.
Sendo assim a formação do homem ocorreu da seguinte forma:

PÓ DA TERRA (boneco de barro) + FÔLEGO DE VIDA (respiração ou espírito) = ALMA VIVENTE (vida)

Traduzindo, podemos perceber que o pó da terra é o corpo, o fôlego de vida é a respiração e a alma vivente é uma pessoa, ou seja, a fórmula anterior também pode ser entendida da seguinte forma:

CORPO + RESPIRAÇÃO = SER HUMANO

Só para recapitular, perceba que neste verso a Bíblia diz que o homem passou a SER uma alma e não passou a TER uma alma, um ser independente do corpo humano, e que essa alma nada mais é do que o próprio ser vivo. 
Sabendo disso, como entender o processo da morte? Eclesiastes 12:7 diz: “o pó volte à terra, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu”. Deu pra perceber o que é espírito, então? Simples, é só relembrar o processo da criação. O que foi que Deus deu ao pó, o boneco de barro, para que ele tivesse vida e se tornasse uma alma vivente, ou seja, um ser humano vivo? Lembra? Deus soprou o fôlego de vida, soprou a respiração! Neste verso, a respiração, o fôlego de vida é chamado de espírito! Sendo assim, o que volta para Deus não é um ser, uma entidade independente do corpo, mas simplesmente o artifício que Deus utilizou para dar vida ao ser humano, o fôlego de vida, a respiração, que é chamada também de espírito.
Aliás, se nos utilizarmos daquela fórmula descrita anteriormente, poderemos fazer o inverso e descobrir o que é a morte. Se PÓ DA TERRA + FÔLEGO DE VIDA = ALMA VIVENTE, então a MORTE = PÓ DA TERRA (corpo) – FÔLEGO DE VIDA (espírito ou respiração). 

Simples assim. Nesse processo, o corpo não existe sem o fôlego de vida (espírito) e o espírito não existe sem o corpo. Desse jeito, já podemos perceber o engano que é o ensino que diz que o espírito sai vagando por aí, ou vai “viver” no céu, ou no inferno, não é? Porque o espírito, é a respiração, o fôlego de vida dado por Deus. Ele não existe sem o corpo e vice-versa.
Em João 11:11-14 a morte é comparada ao sono, como em outras 50 vezes na Bíblia inteira. Quando dormimos nós não temos noção do tempo, do que ocorre ao nosso redor, não podemos ver nem pensar, nem raciocinar. Se a morte é comparada ao sono, então na morte também não podemos fazer nada disso. Em Salmos 115:17 ainda é afirmado que os mortos não louvam a Deus e Salmo 146:4 diz que o espírito sai e o corpo volta ao pó e nesse mesmo dia, todos os seus desígnios (planos, pensamentos) perecem.
Então, como acreditar que quando uma pessoa morre ela vai para o céu, ficar com Deus, ou para inferno ou para algum outro lugar fazer alguma coisa? Segundo esses versos, é impossível. Isso é confirmado em Eclesiastes 9:5: “Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma... porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.”

Resumindo, o que acontece com a alma quando morre? Segundo Ezequiel 18:4 e Genesis 2:16 e 17, claramente podemos ver que a alma morre, deixa de existir, justamente porque o espírito, que é o fôlego de vida, volta para Deus (Eclesiastes 12:7) e sua memória é entregue ao esquecimento (Eclesiastes 9:5).

Dois grandes exemplos de pessoas que morreram podem nos confirmar a certeza de que ao morrer a pessoa não vai para o céu (mesmo sendo justa, ou salva), nem para o inferno (mesmo sendo má). Atos 2:34 é revelado que, apesar de o rei Davi ter se tornado um homem justo, depois de abandonar sua vida de pecado e se tornar um homem segundo o coração de Deus, ele não foi para o céu. Ele simplesmente descansa na morte, aguardando o Senhor retornar para o ressuscitar. Em João 20:17, mesmo depois de sua morte, Jesus afirmou que ainda não tinha subido ao pai, não tinha ido para o céu. Se os ensinos que dizem que ao morrermos ou iremos para o céu ou para o inferno estivessem corretos, nesse caso, já que Jesus não foi para o céu, para onde ele foi? Para o inferno? Impossível. Na verdade, este ensino é um grande engano que não é baseado na Bíblia.
A grande questão é: quem é o autor desse grande engano de que ainda que o homem venha morrer, sua alma continua viva? A resposta também está no princípio da história do homem. Enquanto Deus afirmou que se Adão ou Eva pecassem, comessem do fruto, em desobediência a Deus, eles morreriam (Genesis 2:16,17), houve alguém que disse: “Certamente vocês não morrerão” (Genesis 3:4). Isso mesmo, o autor do grande engano de que após a morte nossa alma continua viva é o próprio satanás, que se utilizou da serpente para afirmar isso lá no éden, e que hoje se utiliza de mentes despreparadas, até líderes religiosos para propagar sua grande mentira. Em quem devemos acreditar, agora que sabemos de tudo isso? Aos ensinos de quem devemos obedecer? A Palavra de Deus também responde: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29). Que sempre venhamos escolher obedecer a Deus e aos Seus ensinos Eis a importância de conhecermos a Bíblia para não sermos enganados por nada ou por ninguém!

Concluindo, é importante mencionar que a morte não é o fim de tudo. Na Bíblia, podemos perceber que há uma grande esperança de ressurreição (Isaías 26:19, I Tessalonicenses 4:16, João 6:40). Na verdade, os mortos em Cristo permanecerão dormindo na sepultura apenas até quando Jesus Cristo voltar, segundo João 5:28 e I Tessalonicenses 4:16. Ou seja, precisamos estar preparados, não envolvidos nos enganos ensinados por homens, mas sim na verdade da Palavra do Senhor, e ainda que morramos, viveremos com Ele no Céu, pois Ele nos ressuscitará, nos dando nova vida, a vida eterna!

(Henderson Rogers)

Dia de Finados


Segundo a Enciclopédia Online Wikipédia, o Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Mortos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao Dia de Todos-os-Santos.

Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos.

No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos.

O Brasil por ser um país predominantemente católico, adotou essa data como feriado nacional segundo as leis n°10.607/02 e n° 662/49.

Os protestantes e evangélicos não recomendam a oração pelos mortos por que essa doutrina é desprovida de apoio Bíblico. Já os católicos afirmam haver respaldo no Livro de II Macabeus 12,43-46, mas a canonicidade desse livro não é reconhecida pela maioria das religiões cristãs.

É durante o estado de vida, que o ser humano é convidado a aceitar a salvação pela fé em Cristo Jesus (Gal 2:16; Atos 4:12; I João 5:11-12) e aguardar o dia da gloriosa ressurreição onde Deus chamará os que dormem para devolver-lhes a vida (I Tess 4:16-17, I Cor 15:51-54). Mas não há nada que se possa fazer para ajudar alguém a aceitar essa verdade, depois de descer a sepultura.

O motivo é que para alguém ser salvo, é necessário crer em Jesus, pois sem Jesus somos pecadores perdidos (Rom 3:23; 6:23); confessar sua condição pecaminosa (I João 1:9; Miq 7:18,19) e arrepender-se dos seus pecados (Atos 3:19; I João 1:9). Porém os mortos estão inconscientes, “não sabem coisa alguma”, não pensam, nem agem (Eclesiastes 9:5, 6 e 10; Salmo 146:4). Como pode então, um morto, crer, confessar e arrepender-se em seu estado mortal?

O apóstolo João declarou em Apocalipse 14:13 – Felizes (Bem Aventurados) são os mortos que descansaram no Senhor… ou seja; durante o estado “vivo” (Racional), tomaram a decisão por aceitar o plano da salvação. A felicidade é creditada pelo fato de que um dia Deus devolverá a vida a estas pessoas e por isso, a morte é comparada para estes, como um sono.

Embora muitos no dia 02 de novembro, tenham vertido lágrimas diante dos túmulos pela ausência afetiva e pessoal de um familiar ou amigo falecido, a Bíblia não nos deixou sem esperança. A morte não será um fim em si mesma para aqueles que morreram em Cristo. Resta uma esperança a estas pessoas e a todos que crêem.

“Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e o que é mortal se revista da imortalidade… Então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (I Corintios 15:51-55)

É preciso valorizar mais os vivos e não os mortos. Os vivos podem tomar a decisão por Jesus enquanto são vivos, mas os mortos já estão com o destino selados pelas escolhas que fizeram em vida. Isso não que dizer que que as boas lembranças de um falecido devam ser esquecidas. Assim como contamos lindas histórias de personagens bíblicos já falecidos, creio que existam milhares de pessoas que deixaram um bom legado e cujo testemunho ainda soa como exemplo de vida.

Certa vez uma mulher me contou que o seu esposo nunca a presenteou com flores e rosas, mas que no dia de finados, os parentes já falecidos, recebiam homenagens que ela nunca recebera durante os longos anos de vida conjugal. Essa mulher clamava por socorro: “Eu estou viva e preciso de atenção”.

Olhe ao seu redor e verás pessoas carentes de bons relacionamentos, apoio, carinho, amor, atenção, mas principalmente, de encorajamento, para “Buscarem o Senhor enquanto se pode achar…” (Isa 55:6).

Concentre os seus esforços por aqueles que ainda estão debaixo do sol (os vivos) e que almejamos encontrá-los um dia no céu. Hoje mesmo, leve a estas pessoas um presente. Pode até ser uma flor, uma rosa, mas não se esqueça do principal, o melhor presente, Aquele que é a ressurreição e a vida – Cristo Jesus.