CIDADE DO VATICANO (RNS) A Igreja Católica Romana, os sindicatos e as associações de pequenos negócios uniram forças em uma tentativa de salvar os domingos.
Em uma tentativa de estimular o crescimento econômico, o primeiro-ministro italiano de saída, Mario Monti, apoiou uma nova lei que permite que as lojas fiquem abertas no "dia de descanso".
Mas as tradições dominicais são fortes nos países europeus, e a mudança provocou forte resistência de grupos religiosos e seculares.
No mês passado, uma associação italiana de proprietários de lojas e a conferência Episcopal Católica do país lançou uma campanha para "libertar os domingos". Eles pretendem reunir as 50 mil assinaturas necessárias para tentar revogar a lei de liberalização das compras.
Confesercenti, a associação dos proprietários de lojas, teme que as pequenas lojas locais - a espinha dorsal do setor de varejo italiano - serão esmagadas pelos grandes retalhistas e pelos mercados de estilo americano.
O problema se estende para além da Itália. Em Bruxelas, dezenas de grupos religiosos - incluindo a Igreja Católica - sindicatos e associações empresariais de 27 países formaram a "Aliança Europeia do domingo" para pressionar a União Europeia para manter o domingo como dia de descanso ao largo do continente, pelo menos em princípio.
Johanna Touzel, porta-voz da aliança, disse que manter o domingo separado não é necessariamente uma questão religiosa, e não discriminatória em relação a judeus e muçulmanos. "Precisamos de um dia em que todos possam descansar - esta é a origem do Shabat. E, de fato, até mesmo organizações muçulmanas nos apoiam."
Para a Igreja Católica, manter domingos livres de preocupações comerciais e de trabalho é de conseqüências maiores do que a economia.
O reverendo Marco Scattolon de Camposampiero, Itália, tornou-se uma celebridade instantânea quando rotulou as compras de domingo um pecado e pediu a seus paroquianos a fazer penitência por ele. Domingos, ele disse ao jornal Corriere del Veneto, são importantes ", não apenas no sentido religioso". "Eles são uma das poucas ocasiões deixadas para as famílias estarem juntas."
Bispo Antonio Mattiazzo de Pádua ficou do lado de Scattolon enquanto outros bispos publicamente assinaram a campanha da Confesercenti.
"O amplo consenso na oposição de abertura no domingo mostra que ter um dia de descanso semanal comum é algo que beneficia a todos, e não apenas os crentes", diz Luca Diotallevi, um sociólogo católico que aconselha os bispos da Itália sobre questões sociais. "Domingo não tem apenas um valor social, mas teológico também: O homem precisa ter um dia santo."
Outros vão ainda mais longe na argumentação para o trabalho livre de domingo.
Mimmo Muolo, jornalista oficial do jornal católico Avvenire da Itália, em seu recente livro, "Le feste scippate" ("As Férias roubadas"), argumenta que "o ciclo 24/7 do varejo reintroduziu um sistema de escravos e senhores." Ele disse que os funcionários que não têm escolha, senão trabalhar aos domingos - e, portanto, não tem tempo para a família e outras atividades sociais - são "escravos de domingo."
Pelo menos na Itália, há sinais de que poucas empresas tomaram vantagem da reforma.
Antes da corrida habitual de compras de Natal entrar em ação, era difícil encontrar lojas abertas aos domingos, fora das áreas turísticas dos centros urbanos.
"É inútil, porque as pessoas não têm dinheiro suficiente para gastar", diz Anna Lucentini, 35, vendedora em uma das mais movimentadas ruas comerciais de Roma.
Ela diz que o único resultado da reforma de abertura aos domingos, é que os funcionários terão de trabalhar mais a pedido de seus patrões. "Na Itália, os que ainda têm um emprego têm medo de perdê-lo e assim deixa-se ser explorado sem reclamar."
Assim, a oposição à liberalização dos horários de abertura de lojas está ganhando alguma simpatia inesperada para a igreja. Lorena Vargas, 21, acabou de aprender sobre a campanha apoiada pelos bispos. "Pela primeira vez, a igreja está fazendo uma coisa boa", diz ela. "Eu poderia até mesmo começar a ir à missa". (Tradução livre - Fonte: Religion News)
[HR] Interessante notar que a igreja percebe que necessita de um dia de descanso, e ainda menciona o Shabat, o sábado bíblico, como um exemplo. Que existe um dia de descanso, existe sim, mas segundo a Bíblia, a Palavra de Deus, esse não é o domingo, mas sim o sábado, o sétimo dia (Genesis 2:2,3; Êxodo 20:8-11). O próprio Jesus quando esteve neste mundo deixou o exemplo de observar o sábado como dia de descanso e ainda disse que não veio para mudar a Lei (Mateus 5:17), sendo assim sua morte não pode ter alterado a Lei, como muitos costumam afirmar para justificar a desobediência à Lei de Deus.
Não existe melhor exemplo a ser seguido do que o próprio Jesus seguiu. E o exemplo dEle foi guardar o sétimo dia, o sábado, conforme a Lei de Deus (Êxodo 20:8), e não o primeiro dia, o domingo, segundo a lei da igreja católica.
Não existe melhor exemplo a ser seguido do que o próprio Jesus seguiu. E o exemplo dEle foi guardar o sétimo dia, o sábado, conforme a Lei de Deus (Êxodo 20:8), e não o primeiro dia, o domingo, segundo a lei da igreja católica.
Mas tal atitude é profética, pois em Daniel 7:25 é-nos alertado que um poder político-religioso seria usado para enganar e destruir, e ainda faria uma mudança na Lei de Deus, veja: "E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei". E é o que aconteceu. Nem o próprio Cristo alterou a lei (Mateus 5:17) mas um grupo político-religioso se achou no direito de fazer essa mudança, mesmo essa sendo proibida pelo próprio Deus (Mateus 5:18), mostrando assim uma tentativa de ser superior a Deus.
Mas esse post nos alerta ainda mais para algo que estará por vir. Fiquem atentos. Sobretudo, leiam a Bíblia que vocês entenderão. Pensem nisso.