O idólatra Israel



O Senhor fez um concerto com Israel que, se o povo obedecesse a Seus mandamentos, Ele lhe daria chuvas no devido tempo, faria a terra produzir e as árvores do campo darem frutos. Ele prometeu: “a debulha se... chegará à vindima, e a vindima se chegará à sementeira” (Levíticos 26:5). Eles se fartariam de pão e habitaram seguros na terra. O Senhor faria perecer seus inimigos. Não os aborreceria, mas andaria com eles e seria seu Deus, e eles seriam Seu povo. Porém, se desprezassem Seus reclamos, Ele agiria inteiramente contra eles em tudo isso. Em lugar de Sua bênção, a maldição pesaria sobre eles. Deus abateria a soberba de sua força e tornaria os céus como ferro e a terra como cobre. “A força de vocês será gasta em vão, porque a terra não lhes dará colheita nem as árvores da terra lhes darão fruto. Se continuarem se opondo a Mim... Eu mesmo Me oporei a vocês” (Levíticos 26:20,21 e 24) (Ellen White, Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 661).

O Senhor enviou Seu profeta com palavras de advertência e reprovação. Ele foi ao rei, através de cuja influência o povo tinha sido levado à idolatria, e afirmou o direito de Jeová ser o único Deus em  Israel. Repetidas advertências foram dadas, apenas para ser desconsideradas. O povo foi cativado pela suntuosa exibição dos ritos fascinantes de culto aos ídolos e seguiu o exemplo de seu rei, entregando-se ao culto sensual e degradante aos intoxicantes prazeres. Levado pelo rei e sua corte, o povo rejeitou o governo moral de Jeová e foi infiel à confiança que lhe foi concedida como depositário da verdade. A luz brilhou, mas ele preferiu seguir seus próprios caminhos em lugar dos caminhos de Deus. E o culto a Deus, a boa e benfazeja lei que lhe foi dada, foram desconsiderados (Ellen G. White, Sign of the Times, 18 de dezembro de 1884).

A condição do povo de Deus em nossos dias é semelhante à do idólatra Israel. Muitos que ostentam o nome de cristãos estão servindo a outros deuses paralelamente ao Senhor. Nosso Criador requer nossa suprema devoção, nossa prioritária dedicação. Tudo o que tende a diminuir nosso amor a Deus, ou interferir com o serviço a Ele devido, se torna um ídolo. Para alguns, as propriedades, casas e os negócios são ídolos. Ocupações materiais prosseguem com zelo e energia, enquanto o serviço a Deus é prestado em consideração secundária. O culto familiar é negligenciado, a oração secreta é esquecida. Muitos afirmam tratar honestamente os semelhantes e parecem sentir que, fazendo assim, cumprem todo seu dever. Mas, não é suficiente observar o sexto mandamento do decálogo. Devemos amar a Deus de todo o nossos coração. Nenhuma obediência parcial aos mandamentos – nada menos que amor supremo a Deus e amor pelos semelhantes – pode satisfazer os requerimentos da lei divina. (Ellen G. White, Signs of the Times, 26 de janeiro de 1882).

Pobres homens ricos, professando servir a Deus são dignos de piedade. Enquanto professam conhecer ao Senhor, eles O negam em suas obras. Quão grandes são suas trevas! (Mateus 6:23). Afirmam ter fé na verdade, mas suas obras não correspondem à sua religião. O amor às riquezas os torna egoístas, exigentes e arrogantes. Riqueza é poder, e frequentemente o amor a ela corrompe e neutraliza tudo o que é nobre e divino no ser humano" (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 682).