A "sabedoria" do mundo



Há homens que pensam haver feito maravilhosas descobertas na ciência. Citam opiniões que aprenderam de outros homens a quem consideram infalíveis e ensinam deduções científicas como verdades que não podem ser contestadas. E a Palavra de Deus, concedida como lâmpada para iluminar os pés do viajante cansado, é julgada por esse padrão e declarada insuficiente. A pesquisa científica à qual esses homens se apegam tem se mostrado uma armadilha para eles. Ela tem nublado sua mente, e eles têm caído no ceticismo. Têm uma consciência de poder e, em vez de procurar a Fonte de toda sabedoria, se satisfazem com o conhecimento superficial que podem ter adquirido. Eles têm exaltado a sabedoria humana em oposição à sabedoria do grande e altíssimo Deus, e têm ousado entrar em controvérsia com Ele. A Palavra da inspiração os declara néscios.

Deus permitiu que um dilúvio de luz fosse derramado sobre o mundo, em descobertas científicas e arte. Mas quando professos eruditos da ciência discursam e escrevem sobre esses assuntos, numa perspectiva meramente humana, indubitavelmente chegam a conclusões erradas. Mesmo as mais expressivas mentalidades, se não forem guiadas por Deus nas pesquisas que fazem, se tornam confusas na tentativa de investigar a relação entre ciência e revelação. O Criador e Seus feitos estão além de sua compreensão. E porque não podem explicá-los pelas leis naturais, esses eruditos consideram não confiável o relato bíblico. Aqueles que duvidam da confiabilidade dos relatórios do Antigo e do Novo Testamento serão levados a se afastar de Deus e duvidar de Sua existência. Então, tendo soltado a âncora, são deixados a vaguear entre as rochas da infidelidade. Moisés escreveu sob inspiração do Espírito de Deus. Portanto, uma correta teoria de geologia jamais argumentará que não pode ser conciliada com suas declarações. A ideia na qual muitos tropeçam, a de que Deus não criou matéria quando trouxe o mundo à existência, limita o poder do Santo Deus de Israel.

(Ellen G. White - Signs of the Times, 13 de março de 1884)