Do artificial para o natural


Deus nos anima a considerar Suas obras no mundo natural. Deseja que voltemos o espírito do estudo do que é artificial para o natural. Compreenderemos isto melhor ao erguermos os olhos para os montes de Deus, e contemplarmos a obra de Suas mãos. Foram elas que moldaram as colinas e as equilibraram em sua posição, de modo que não se movam a não ser por mando Seu. O vento, o Sol, a chuva, a neve e o gelo, são todos servos a cumprirem a Sua vontade.

Para os cristãos, o amor e a beneficência divinos podem ser vistos em todo dom de Suas mãos. As belezas naturais são tema para contemplação. Estudando a beleza natural que nos circunda, a mente é elevada pela natureza ao Autor de tudo quanto é belo. Todas as obras de Deus falam-nos aos sentidos, magnificando-Lhe o poder, exaltando-Lhe a sabedoria. Tudo o que é criado possui encantos que interessam o filho de Deus, moldando-lhe o gosto para estimar essas preciosas demonstrações do amor de Deus, superiores à obra da habilidade humana.

Em expressões de ardente entusiasmo, engrandece o profeta a Deus em Suas obras criadas: Quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que estabelecestes, que é o homem, que dele Te lembres? E o filho do homem, que o visites? Salmo 8:3 e 4.

O mundo, cheio de esportes e amor pelos prazeres, está de contínuo em busca de alguma novidade interessante. E quão pouco tempo e pensamento são consagrados ao Criador dos céus e da Terra! Deus convida Suas criaturas a volverem a atenção da confusão e perplexidade que os rodeia, e admirarem a obra de Suas mãos. Os corpos celestes são dignos de contemplação. Deus os fez para benefício do homem e, ao estudarmos as Suas obras, se acharão ao nosso lado anjos de Deus para nos iluminar a mente.

(Ellen G. White - Filhos e Filhas de Deus, p.110)