Sábado: uma dádiva no Éden



Deus não poderia por um momento deter a Sua mão; de contrário o homem desfaleceria e viria a morrer. E o homem também tem nesse dia uma obra a realizar. Deve atender-se às necessidades da vida, cuidar dos doentes, suprir as faltas dos necessitados. Não será tido por inocente o que negligenciar aliviar qualquer sofrimento no Sábado. O santo dia de repouso de Deus foi feito para o homem e os atos de misericórdia estão em perfeita harmonia com o Seu propósito. Deus não deseja que as Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no Sábado, ou noutro qualquer dia.

Os deveres para com Deus são ainda maiores no Sábado do que nos outros dias. O Seu povo deixa então a ocupação habitual, e passa mais tempo em meditação e culto. Pedem-Lhe mais favores no Sábado, do que noutros dias. Exigem a Sua atenção de um modo especial. Desejam as Suas mais preciosas bênçãos. Deus não espera que o Sábado passe para atender esses pedidos.

A obra no Céu nunca cessa e o homem nunca deve descansar em fazer o bem. O Sábado não se destina a ser um período de inútil inatividade. A lei proíbe trabalho secular no dia de repouso do Senhor; aquilo que constitui o ganha-pão deve cessar; nenhum trabalho que vise prazer ou proveito mundanos é lícito nesse dia; mas, como Deus cessou o Seu labor de criar e repousou no Sábado e o abençoou, assim deve o homem deixar as ocupações da vida diária e dedicar essas horas sagradas a um repouso saudável, ao culto e a boas obras. O ato de Cristo em curar o doente estava de perfeito acordo com a lei. Era uma obra que honrava o Sábado.

(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 207, CPB)