Reavivamento e Reforma


"Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar, e Me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei dos Céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra." (2 Crônicas 7:14)

Qual é a maior necessidade da igreja hoje? Mais recursos? Novos programas? Meios de comunicação mais eficientes? Acesso mais amplo às mídias? Membros influentes? Ao contrário da cultura imediatista que nos cerca, Ellen White considera que a maior e mais urgente necessidade da igreja é um “reavivamento da verdadeira piedade” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121). No mesmo contexto, ela faz duas observações cruciais: (1) buscar o reavivamento deve ser nossa “primeira ocupação”; (2) se estivesse em seu poder, Satanás impediria a possibilidade de qualquer reavivamento.

Alguns enfatizam reforma sem reavivamento. O foco é colocado exclusivamente em mudanças exteriores, que facilmente se degeneram em legalismo. Outros insistem em reavivamento sem reforma, que se torna em fé morta. Os dois polos da elipse devem ser mantidos juntos. Iniciamos com verdadeiro reavivamento, com as suas três marcas básicas: (1) retorno às Escrituras, (2) espírito de oração e (3) fervor missionário. Tais elementos devem ser acompanhados, então, de mudanças reais na vida.

No momento, fala-se muito de “reavivamento e reforma”, o que pode facilmente ser entendido como mais um programa da igreja. O problema é julgar que, porque estamos falando de “reavivamento e reforma”, estamos automaticamente participando dessa esperada realidade. É mais ou menos como alguém que, convencido de que precisa praticar atividades físicas, compra uma esteira ergométrica. Então, feliz com a iniciativa, a instala no quarto e passa a contemplá-la com entusiasmo. Às vezes, até a liga e fica observando, deitado, a esteira correr sozinha, planejando que algum dia ele irá se exercitar. Nesse caso, a esteira não faz qualquer diferença concreta. Na realidade, pode até tornar sua condição mais perigosa, porque dá à pessoa uma “impressão positiva”. A impressão de se ter o que realmente não se possui.

Ellen White adverte ainda que reavivamento e reforma serão experiências fundamentalmente individuais e acontecerão sob a ministração do Espírito Santo.

(Amin A Rodor, Encontros com Deus, CPB)