Fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão, como o jardim do Senhor; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e som de música. Isaías 51:3
A melodia de louvor é a atmosfera do Céu e, quando o Céu vem em contato com a Terra, há música e cântico – “ações de graças e voz de melodia” (Is 51:3).
Sobre a Terra recém-criada, linda e sem mácula, sob o sorriso de Deus, “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam” (Jó 38:7). Assim, corações humanos, em afinidade com o Céu, têm correspondido à bondade de Deus em notas de louvor. Muitos dos fatos da história humana se têm ligado a cânticos.
A história dos cânticos da Bíblia está repleta de sugestões quanto aos usos e benefícios da música e do canto. A música muitas vezes é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação. Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos a coisas altas e nobres, a inspirar e elevar o coração. Assim como os filhos de Israel, viajando pelo deserto, suavizavam sua viagem pela música de cânticos sagrados, Deus ordena a Seus filhos hoje que alegrem sua vida peregrina. Poucos meios há mais eficazes para fixar Suas palavras na memória do que repeti-las em cânticos. Esse tipo de cântico tem um poder maravilhoso. Tem poder para subjugar as naturezas rudes e incultas; poder para suscitar pensamentos e despertar compaixão, para promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço.
É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes, ao coração duramente oprimido e pronto a desesperar, vêm à memória algumas das palavras de Deus – as de um estribilho há muito esquecido, de um hino da infância – e as tentações perdem seu poder, a vida assume novo significado e novo propósito, e o ânimo e a alegria são comunicados a outras pessoas! [...]
Que haja cântico no lar, de hinos que sejam suaves e puros e haverá menos palavras de censura e mais de animação, esperança e alegria. Haja canto na escola, e os alunos serão levados para mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros.
Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração.
(Ellen G. White - Youth’s Instructor, 29 de março de 1904)