Fazendo a esses pequeninos irmãos



O Senhor tinha dado, através de Moisés, instruções especiais ao Seu povo, para que os príncipes de Israel julgassem retamente, tratassem com justiça da viúva e do órfão e não recebessem subornos. Seria bom para as nações da Terra hoje em dia se os governadores e os juízes do povo obedecessem a estas instruções. Quão importante é que todos aqueles a quem foram confiadas responsabilidades governamentais sejam homens que temem a Deus, e trabalhem abnegadamente para o bem da irmandade humana. A sua função é julgar com equidade, garantindo o direito do estranho, aliviando o oprimido, rejeitando todo o suborno para ilibar o culpado ou castigar o inocente. O bem-estar da sociedade exige homens de integridade moral nas salas legislativas e nos tribunais de justiça. As nossas igrejas precisam desses para ministrarem em santo ofício, que sejam homens de honra, misericórdia e pureza; que sejam santificados pelo Espírito e pela Palavra. (Ellen G. White, Signs of the Times, 2 de fevereiro de 1882)

Vi que é pela providência de Deus que viúvas e órfãos, cegos, surdos, coxos e pessoas atribuladas de diversas formas foram postos em íntima relação cristã com a Sua Igreja; é para provar o Seu povo e desenvolver o seu verdadeiro caráter. Os anjos de Deus estão a observar para ver como tratamos essas pessoas que precisam da nossa simpatia, amor e desinteressada generosidade. Esta é a forma de Deus testar o nosso caráter. Se possuímos a verdadeira religião da Bíblia, havemos de ver que temos para com Cristo uma dívida de amor, bondade e interesse, em favor dos Seus irmãos. Não podemos fazer outra coisa senão manifestar a nossa gratidão pelo Seu incomensurável amor para connosco enquanto éramos pecadores indignos da Sua graça, mantendo um interesse profundo e um amor abnegado para com aqueles que são nossos irmãos, e menos afortunados do que nós.

Os dois grandes princípios da Lei de Deus são o supremo amor a Deus e amor altruísta pelo próximo. …

Os que têm pena dos desafortunados, dos cegos, aleijados, enfermos, viúvas, órfãos e necessitados, Cristo representa-os como observadores dos mandamentos, que terão a vida eterna. … Cristo considera todos os atos de misericórdia, beneficência e atenciosa consideração para com os desafortunados, os cegos, os aleijados, os doentes, as viúvas e os órfãos como se fossem feitos a Ele mesmo; e estas obras são preservadas nos registos celestiais e serão recompensadas. Por outro lado, será escrito no livro um registo contra os que manifestam a indiferença do sacerdote e do levita para com os desafortunados, e os que se prevalecem do infortúnio dos outros, aumentando-lhes o sofrimento para se favorecerem egoistamente. Deus certamente retribuirá cada ato de injustiça e cada manifestação de indiferença despreocupada e negligência para com os sofredores do nosso meio. Todos serão finalmente recompensados de acordo com as suas obras. (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 3, p. 511-513, CPB)


O objetivo de Deus não era que a pobreza desapareça do mundo. As classes sociais nunca deveriam ser igualadas; pois a diversidade de condições que caracteriza os seres humanos é um dos meios pelos quais Deus tem pretendido provar e desenvolver o caráter. Muitos têm insistido com grande entusiasmo que todos os homens devem ter uma parte igual nas bênçãos temporais de Deus; mas este não era o propósito do Criador. Cristo afirmou que teremos sempre connosco os pobres. Os pobres, bem como os ricos, são comprados pelo Seu sangue; e, entre os Seus professos seguidores, na maioria dos casos, os primeiros servem-n’O com singeleza de propósito, enquanto os últimos estão constantemente colocando as suas afeições nos tesouros terrenos, e Cristo é esquecido. Os cuidados desta vida e a ambição das riquezas eclipsam a glória do mundo eterno. Seria a maior desgraça que já sobreveio à humanidade se todos fossem colocados em posição de igualdade no que toca às posses terrenas. (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 4, p. 551 e 552, CPB)