Todos os que receberam a luz da verdade estão a ser testados, tal como foram os judeus. Como povo, fomos exaltados aos mais elevados privilégios. O Senhor foi-nos revelado numa luz que está sempre a crescer. Os nossos privilégios são muito maiores do que os dos judeus. Temos não só a grande luz confiada ao Israel antigo, mas também a crescente evidência da grande salvação que nos é concedida através de Cristo. O que era tipo e símbolo para os judeus é uma realidade para nós. Eles tinham a história do Velho Testamento; nós temos essa e também a do Novo Testamento. Temos a certeza de um Salvador que já veio – um Salvador que foi crucificado, que ressuscitou e que proclamou no sepulcro alugado de José: “Eu sou a ressurreição e a vida” (João 11:25). No nosso conhecimento de Jesus e do Seu amor, o reino de Deus foi colocado no nosso meio. Cristo tem-nos sido proclamado em sermões e cantado em hinos. O banquete espiritual foi colocado diante de nós em rica abundância. Foi-nos apresentada pelos mensageiros de Deus a mais rica festa – a justiça de Cristo, a justificação pela fé, as maiores e mais preciosas promessas de Deus na Sua Palavra, o acesso livre ao Pai através de Jesus Cristo, o consolo do Espírito Santo, e a bem firmada segurança da vida eterna no reino de Deus. Nós perguntamos: O que poderia Deus fazer por nós que ainda não tenha feito ao preparar a grande ceia, o banquete celestial? (Ellen G. White, Review and Herald, 17 de janeiro de 1899)
O Senhor escolheu um povo e fê-lo depositário da Sua verdade. Era Seu propósito que, pela revelação do Seu caráter, através de Israel, os homens fossem atraídos para Ele. O convite do Evangelho devia ser feito a todo o mundo. Através do ensino do sistema de sacrifícios, Cristo devia ser erguido perante as nações, e todos os que olhassem para Ele viveriam.
Mas Israel não cumpriu o propósito de Deus. Eles esqueceram-se de Deus e perderam de vista o elevado privilégio que tinham como Seus representantes. As bênçãos que tinham recebido não trouxeram qualquer bênção ao mundo. Todas as vantagens de que desfrutavam foram para sua própria glorificação. Roubaram Deus no serviço que Ele exigia deles, e roubaram ao próximo a orientação religiosa e um exemplo santo. (Ellen G. White, Review and Herald, 12 de novembro de 1903)
As verdades mais solenes alguma vez confiadas a mortais foram-nos dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser a nossa obra. O mundo precisa de ser advertido, e o povo de Deus deve ser fiel ao legado que lhe foi confiado. Não se devem empenhar em especulações, nem entrar em empresas comerciais com descrentes; pois isso iria impedi-los de fazer a obra que Deus lhes confiou.
Cristo diz sobre o Seu povo: “Vós sois a luz do mundo” (Mat. 5:14). Não é questão de pouca importância o facto de nos terem sido revelados de forma tão clara os conselhos e os planos de Deus. É um privilégio maravilhoso ser capaz de compreender a vontade de Deus tal como ela está revelada na segura palavra da profecia. Isto coloca sobre nós uma pesada responsabilidade. Deus espera que comuniquemos aos outros o conhecimento que nos concedeu. É Seu propósito que os seres divinos e humanos se unam na proclamação da mensagem de advertência. (Ellen G. White, Review and Herald, 28 de julho de 1904)