Ansioso por Perdoar



A mensagem de misericórdia, que veio do Pai, estava destinada aos ouvidos de todo o mundo. Cristo veio para desvendar o caráter de Deus. Ele não selecionou uma parte da raça humana e lhe atribuiu um valor limitado. A Sua graça é para todos, e a estima que Ele atribui à alma humana é infinita. O Seu poder também é ilimitado pelo direito que tem na Sua posição com o Pai. Se não fosse o grande sacrifício que Ele fez ao dar a Sua vida pela humanidade, a raça humana teria perecido no seu pecado. Porém, após a queda de Satanás e do homem, Cristo interveio para nos dar outra tentativa. Por Ele próprio podia dar ao homem outra oportunidade para se recuperar, pois só Ele, que é igual a Deus, podia levar a cabo o grande plano de redenção. Ao dar Cristo um tal exemplo de amor abrangente, deveriam os que professam o Seu nome acalentar um espírito de exclusividade? Cristo diz: “Eu sou a luz do mundo” (João 8:12). Ele é a grande fonte de vida e salvação. (Ellen G. White, Manuscript Releases, vol. 13, p. 160)

A vida de Cristo estabeleceu uma religião em que não há diferenças, a religião em que judeus e gentios, livres e servos são ligados numa fraternidade comum, iguais perante Deus. Nenhuma questão política influenciava a Sua maneira de agir. Ele não fazia diferença nenhuma entre vizinhos e estranhos, amigos e inimigos. O que tocava o Seu coração era uma alma sedenta pelas águas da vida.

Não passava nenhum ser humano por alto como indigno, mas procurava aplicar a cada pessoa o remédio capaz de sarar. Em qualquer companhia em que Se encontrasse, apresentava uma lição adequada ao tempo e às circunstâncias. Cada negligência ou insulto da parte de alguém para com o seu semelhante servia apenas para fazê-l’O mais consciente da necessidade que tinham da Sua simpatia divino-humana. Procurava inspirar esperança aos mais rudes e menos promissores, prometendo-lhes a certeza de que haveriam de tornar-se irrepreensíveis e inocentes, alcançando um caráter que mostraria que são filhos de Deus. (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 25 e 26)